"Notícias sobre o apego aos bens materiais que prospera no alto clero da igreja vêm à tona desde o tempo de Dante, mas quase sempre na forma de rumores, desmentidos com veemência pela Cúria Romana. O italiano Emiliano Fittipaldi, que cobre o tema para o jornal L’Espresso, foi além das suspeitas ao recolher com fontes confidenciais uma enorme quantidade de documentos internos do Vaticano. Com acesso a gravações, relatórios e demonstrativos de ganhos e gastos, conseguiu desenhar os primeiros mapas do império financeiro da Igreja Católica. Neste livro, o jornalista descreve os luxos permitidos aos cardeais em decorrência dos milhões arrecadados com fraudes, conta como a instituição acumulou quase 400 bilhões de euros em contas bancárias graças a doações de fiéis nunca repassadas aos pobres e revela até a existência de esquemas de pagamento para que um candidato a santo se torne beato. A imensa repercussão deste Avareza na Itália fez com que, de investigador, seu autor passasse a ser investigado no Vatileaks, o escândalo envolvendo o vazamento de documentos secretos da igreja."