A partir dos anos 1990, as rádios comunitárias se tornaram um dos principais movimentos pela democratização da comunicação no Brasil. A reforma agrária no ar enfrenta o monopólio da fala e da luta pela pluralidade de vozes. As emissoras, em frequência modulada ou sistema de alto-falantes, resistem a diversas perseguições dos empresários da comunicação, da Anatel, do Judiciário e da Polícia Federal. O reconhecimento legal, por meio da Lei n. 9.612/98, paradoxalmente, marginaliza as rádios comunitárias, que sofrem com uma série de restrições e estão submetidas a processos de autorizações que privilegiam grupos políticos partidários e religiosos. No entanto, neste contexto apresentado no livro, algumas emissoras resistem e contribuem com a construção da participação social e da democratização da mídia.