O herói deste modesto livro ficou tão extasiado com as palavras da professora, ao conversar informalmente com seus alunos, que na mesma hora achou que dava para a coisa. Escrever um livro!. Saiu do colégio a mil, mas... como começaria a escrever tudo que tinha dentro de sua cabeça, tão cheia de sonhos (dourados ou prateados, azuis ou róseos?). Convém assinalar que nosso amigo tinha apenas dezoito anos e nessa idade, mudam de idéias com muita freqüência. Se o moço era espírita, não se sabe, mas de vez em quando aparecia alguém do além para despertar em sua personalidade em formação seu gosto latente por letras, através de algumas francês paternais, mensagens que surtiriam efeito na hora certa. Todos os grandes mestres da literatura mundial que já estavam no andar de cima há muitos e muitos anos, nunca se esqueceram que em tempos longínquos foram tão moços, tão afobados e tão inseguros quanto ele era, numa época onde havia pouco tempo para divertimentos e bastante para uma educação esmerada e responsável, ao contrário dos tempos modernos.