O corpo, parte primordial, constituinte e indissolúvel do ser humano, diz muito sobre a vida, sobre a existência no mundo físico. Mas o que é o corpo? O que lhe constitui? Por dentro e por fora é constituído de beleza, mas também do que há de mais deplorável, nojento e odiável. O corpo e todos os seus órgãos, o corpo e todas as suas dores. O corpo transpassado pelo tempo, o corpo que é o próprio tempo. Os poemas aqui presentes provocarão reflexões a respeito do corpo desde o nascimento até o último suspiro, sobre o corpo no mundo e o mundo no corpo. Não é possível ignorar o quanto os hábitos sociais influenciam os comportamentos individuais. Esse entendimento pode passar por gatilhos, em um caminho de aprendizados, desencontros, perdição e salvação, não sem antes haver questionamentos sobre loucura e sanidade. É preciso questionar todos os padrões. Maiky da Silva usa todo potencial elaborativo da linguagem, promovendo um assentamento de epifanias. [...]