Cada nova esperança só existe para tornar suportável a não-realização das esperanças precedentes, e essa fuga perpétua em direção ao futuro é a única coisa que nos consola do presente. A esperança e a decepção, ambas, são filhas do mal-viver, e indefinidamente o reproduzem. Este livro é uma tentativa de sair desse ciclo, contra o qual o autor reconhece apenas duas disposições da alma: o desespero e a eternidade.