O leitor encontrará, no desenvolvimento da obra, uma perfeita identificação da teoria com casos práticos colhidos na realidade do processamento criminal. Observa-se nos casos descritos, o que facilmente pode ser constatado na prática forense diária: uma verdadeira identificação do acusador com o investigador, do julgador com o acusador, com a vítima e com os testemunhos policiais. Há que ser apurado se na law in action o acusado e seu defensor recebem o tratamento de inimigos e são considerados como entraves do iter procedimental. (...) Sem as percepções que a obra de André Rocha Sampaio suscita, com pontuação de algumas neste limitado prefácio, não há como construir um processo penal democrático e humanitário, com aderência constitucional e convencional, livre da genética inquisitorial. André Rocha Sampaio, certamente, com a publicação desta obra, atinge o seu objetivo maior: dar voz a(os) que o precedem e, ao mesmo tempo, preceder aos que seguem, ou aos que o seguirão. [...]