Esta rapsódia nasceu da leitura detalhada de Macunaíma, de Mário de Andrade, também uma rapsódia e que remete diretamente (por indicação do próprio Mário) a um marceneiro nascido em Jena, em 1883, Curt Unkel, naturalizado brasileiro em 1922 e falecido no Igarapê Santa Rita, AM, em 1945. O marceneiro revelou-se competente etnólogo e recebeu o nome de Nimuendaju (O homem que abriu seu próprio caminho) de um cacique dos Apapokuva-Guarani. Em 1937, quando a pesquisa sobre civilizações primitivas perdeu o crédito na Alemanha, Curt Nimuendaju Unkel passou a colaborar com instituições norte-americanas. Macunaíma é decorrência direta de seus estudos sobre a organização social das tribos da língua jê, com ênfase no choque moral gerado pelo comportamento indígena. Jaime Collier Coeli conclui que a rapsódia de Mário de Andrade comporta uma outra rapsódia que agora se edita com o título A Saga de Nimuendaju.