A idéia, a necessidade ou o desejo de autodestruição estão no centro da obra de Bernhard. Em Extinção, este centro parece avançar até a borda e restar como verdade última da existência e da linguagem.Com a escrita hiperbólica e obsessiva que apaixona seus leitores, Thomas Bernhard cria um personagem - Franz-Josef Murau - que precisa extinguir pela palavra tudo o que o prende ao passado, a uma cidade que o enoja, a uma família que lhe dá náuseas. Murau precisa retalhar, dissecar, aniquilar as bases da existência. Enquanto erige um testemunho autobiográfico, é impelido à autodestruição pelo fluxo obstinado de seus pensamentos. A idéia, a necessidade ou o desejo de autodestruição encontram-se no centro da obra de Bernhard. Em "Extinção", romance que está repleto de alusões a livros anteriores do autor e que é também o título do testemunho escrito por Murau, este centro parece avançar até a borda e restar como verdade última da existência e da linguagem.