Guadalupe surgiu na vida da escritora, que não acredita em coincidência, por coerência e encontro marcado. Talvez por ter sido criada em meio a um bordado transverso de mulheres pelo avesso, como define sua família, não estranhou tê-la encontrado no fundo de uma caixa de sapatos, misturada a argolas de latão, grampos, brincos e prendedores de cabeço. Lá estava, perdido, um medalhão de Nossa Senhora de Guadalupe, ao qual Márcia Frazão nunca havia dado atenção. Até que ela resolveu fazer do medalhão um pingente e carregá-lo no pescoço e viu sua vida mudar radicalmente... para melhor. Trabalhos, saúde e amor não lhe faltaram mais. Com o aval da Santa, Márcia abre essa caixinha de surpresa para os leitores. Além da história, das diversas manifestações e nomes de Guadalupe, Márcia Frazão revela os segredos relacionados com cura, magia e preces e rituais. Márcia conta que em 13 de junho, um dos dias mágicos, por exemplo, as curandeiras mexicanas celebram San Antonio de Padua, o santo responsável pelos objetos perdidos e pelos casamentos. Para reaver algo que se perdeu, as curandeiras aconselham que se detalhe numa folha de papel as características do item perdido para depois embrulhar uma pequena imagem do santo nesta folha e amarrar o embrulho com uma fita vermelha. Depois de ter embrulhado e amarrado o embrulho, a pessoa deve pedir ao santo que encontre o item perdido, rezar um Credo e a oração de Santo Antônio, e lançar o embrulho num rio. Se o item não tiver sido destruído, certamente ele aparecerá dentro de um ano.