A proposta deste livro é unir o campo da economia ao da liberdade, por meio de uma aliança entre técnica e ética. A questão moral - 'Como devo agir?' é retomada sob a luz da razão comunicativa. A autora refaz o itinerário da ética, desde a Grécia antiga até a Nova Economia. Na linha do filósofo alemão Jürgen Habermas, responsabiliza a gestão estratégica de pessoas pela humanização das relações no trabalho. Propõe uma nova racionalidade, que se desloca do sujeito para a relação entre sujeitos - o diálogo. Para agregar de fato a dimensão humana ao trabalho, é preciso revisar conceitos na busca do bem e do justo. Autonomia e liberdade, dois valores cobrados individualmente dos trabalhadores flexíveis, emergem de uma comunidade em que as pessoas falam, ouvem e são ouvidas. Apenas a prática da intersubjetividade é capaz de levar as pessoas a se comprometerem com objetivos pessoais e organizacionais. Essa deve ser a primeira responsabilidade social de uma organização de sucesso. A história das organizações é pródiga em exemplos de que os valores da técnica não bastam para chegar à excelência - mudar, criar e empreender são verbos conjugados apenas pelo espírito humano reconciliado e feliz.