Em Yellow Bastard, décima e mais recente criação da companhia, é uma ficção científica que busca afirmar o amor em tempos de ódio extremo. A peça, dirigida por Liberano e por Andrêas Gatto, conta a história de um advogado de quarenta e poucos anos que descobre, subitamente, ser um alienígena de pele completamente amarela. O monólogo é encenado por Márcio Machado e a proposta cênica é baseada no corpo e na expressividade do ator, buscando uma atuação marcada pelo exagero, utilizando caricaturas e um tom cômico hiperbólico, como explica Gatto. No livro, são apresentados lado a lado dois textos: a narrativa em prosa de Liberano e o texto dramatúrgico, tal como é dito encenado pelo ator Márcio Machado, e assim apenas as palavras ditas estão em evidência, compondo um desenho próprio ao longo das páginas, oferecendo lacunas e vazios, fazendo com que cada palavra ganhe ainda mais importância e marque seu lugar exato no espaço. E riu sonoramente. Riu por décadas inteiras, ali [...]