Este livro procura deslindar diversas posições contraditórias sobre a África. É correto ver a África em um estágio de desenvolvimento inferior do que a Europa, e este desequilíbrio como causa do comércio de escravos? Os africanos participaram do comércio no Atlântico como parceiros em condições iguais, ou eles foram vítimas do poder e da ambição da Europa? Os escravos africanos foram tão brutalizados na América a ponto de não poderem se expressar culturalmente e socialmente e, assim, em que grau seus antecedentes específicos foram importantes na formação da cultura afro-americana? Em geral, a conclusão da pesquisa na qual este livro baseou-se apóia a idéia de que os africanos foram participantes ativos no mundo atlântico, tanto no comércio africano (inclusive no comércio de escravos) quanto como escravos no Novo Mundo.