Esta obra suscita um profícuo diálogo sobre a intricada relação entre o mundo da formação e do trabalho na Atenção Primária à Saúde, na singularidade das realidades brasileira e portuguesa. A obra propõe-se a desvendar as motivações que os profissionais alegam para adentrar e permanecer atuando nessa esfera de trabalho e como vivenciam a confrontação entre as condições materiais sobretudo no âmbito do trabalho , e também na esfera da formação, em relação às competências requeridas para essa modalidade de atuação. Nessa direção a autora também analisa como se constituem os diferentes processos de socialização e as relações de saber-poder que se conformam na arena de luta travada entre os sujeitos, presentes no dia a dia do cotidiano do trabalho em saúde da família. Em razão de sua abordagem profunda e dada a abrangência do seu conteúdo, esta leitura possibilita reflexões e interessa a todos os profissionais do campo da saúde, aos integrantes das equipes de saúde da família, aos docentes, estudantes de graduação e pós-graduação, das distintas áreas, aos pesquisadores da Saúde Coletiva e da Educação em Saúde e a todos aqueles que têm apreço pelo debate sobre a relação entre as categorias trabalho, saúde e educação.