O leitor tem em mãos um exemplo modelar de investigação histórico-social. O livro de Francis Cotta ganha densidade ao se inserir nos paradigmas da história cultural e da longa duração, mediante os quais o autor demonstra a formação simbólica da experiência e não só do conceito de polícia no Brasil, desvendando mitos e provocando inquietações. Ao traçar um rico mosaico histórico de nossa polícia e de suas estruturas sacrais comprometidas com a ordem (haveria que se perguntar, ordem de quem e para quem?), o presente trabalho torna-se peça fundamental para futuras e desejáveis profanações. [do prefácio de Andityas Soares de Moura]