Como fazer justiça? Como teorizar o processo de realizar a justiça? Neste Reconhecimento e vida precária, Eduardo Nicácio desenvolve a ideia de uma justiça diferenciada, reconhecendo os complexos contextos da vida precária. O pesquisador-autor parte de três preceitos identificados na vivência dessa precariedade: a violência simbólica, a cultura da pobreza e a naturalização da desigualdade. A trama textual é tecida com base teórica sólida para a exposição dos problemas e mediante interações musicais, que permitem o aprofundamento em vertentes da cultura e desvelam o também compositor Dudu Nicácio. A leitura conduz à experiência crítica e à proposta de uma justiça em ato que não despreza as necessidades das pessoas invisíveis nos contextos de violência, de pobreza, de desigualdade. Mônica Sette Lopes