O fenômeno da compressão das liberdades fundamentais em nome da segurança pública já se mostrava preocupante no último quartel do século XX, especialmente nos países europeus e da América do Norte, onde o excesso de regulamentação das condutas e a disponibilidade da alta tecnologia de espionagem desenvolvida durante os anos da "guerra fria", já possibilitavam a compressão das liberdades individuais em níveis jamais alcançados. A obra que a Editora Lumen Juris ora publica propõe um novo olhar e aprofundada reflexão sobre os limites que se impõem às atuais técnicas de vigilância utilizadas tanto pelo Estado quanto pelos particulares para o controle de pessoas, especialmente após os fantásticos atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos da América em 11 de setembro de 2001, que determinaram um recrudescimento da compressão das liberdades individuais em todo o mundo. Nesse momento, adverte o autor, "em que pese a dimensão e gravidade dos fatos, é necessário estar-se atento para os renovados riscos de escravização da humanidade no terceiro milênio, que poderá representar a vitória final da natureza perversa que Hobbes afirma o homem possuir, sobre a sua inteligência e capacidade de ser melhor que caracteriza a dignidade da pessoa humana.