A obra cumpre papel elucidativo das tensões que marcaram tanto a gênese e como o caso do PNBE: O empresariado nacional heterogêneo, com respostas dispersas, por vezes contraditórias às crises que se sucedem, vê surgir de seu interior, em meados da década de 1980 um agrupamento que vai apostar nas negociações entre empresários, trabalhadores e governo, que investe na renovação das lideranças empresariais e que advoga a construção de um novo modelo econômico, distante do desenvolvimento estatizante do neoliberalismo. Constrastante com essa dinâmica inovadora nos meios empresariais, a retirada gradual da entidade dá-se, ironicamente, sob infuência do Estado, que a entidade tanto criticou, com a adesão de boa parte de seus líderes ao governo de FHC.