A tecnologia e a globalização criaram, paradoxalmente, uma situação de profunda solidão do cérebro humano, causada pelo excesso de estímulos que o levam a uma atividade frenética, tirando espaço à reflexão e à liberdade do pensamento. É a solidão de um cérebro que, num cômodo da casa, envia e recebe notícias somente por meio de mensageiros instrumentais informáticos, mas que muitas vezes perdeu o contato afetivo com os outros, tornando-se frequentemente incapaz de discernir o progresso da possibilidade de engano existente nesses meios que, não raro, estão a serviço de ricos empresários e bancos ou, pior, da propaganda política de um ditador. O livro explica as consequências neurobiológicas dessa situação, constatando que a influência da velocidade das comunicações faz com que o cérebro humano trabalhe mais com o pensamento rápido, prejudicando o funcionamento do pensamento lento, que está na base da reflexão e da decisão responsável.