Era fim de tarde. Sozinho no bar, Paulo Henrique bebia seu uísque, tinha o pensamento no nada ou no passado. Nem per­cebeu quando Cláudio e Júnior se aproximaram da mesa. Ve­lhos amigos de boemia de quem Paulo Henrique, depois do casamento e do seu distanciamento das investigações, havia se afastado. Congratularam-se efusivamente e, de imediato, os dois já o convidaram para mudar de mesa, pois tinham mar­cado encontro com algumas garotas que chegariam logo em seguida. Seriam três meninas e, como só estavam os dois, Paulo Henrique completaria o grupo. Ele se desculpou e não aceitou o convite; alegou que esperava uma pessoa, o que não era ver­dade. Apenas queria ficar só.