Mais uma vez Orígenes Lessa surpreende o leitor por sua originalidade em criar histórias bem-humoradas e profundamente reflexivas e críticas. Nesta, o narrador- personagem, um cabo de vassoura lúcido e sábio, conta sua trajetória desde que o arrancaram de uma árvore até sua trágica incursão ao mundo dos homens. A narrativa, irônica, dinâmica e engraçada, prende a atenção do leitor que, pela voz do protagonista, não tem como não reavaliar questões essenciais da natureza humana e rever a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.Eu já fui cabo de vassoura, confesso. Um cabo de vassoura como tantos outros. Seria longo contar tudo o que tenho passado nesta longa vida, desde que me arrancaram da árvore em que fui tronco e me levaram a uma oficina, onde fui cortado, torneado e mil coisas sofri, até conhecer a nova função que me reservava o destino. Mais uma vez Orígenes Lessa surpreende o leitor por sua originalidade em criar histórias bem-humoradas e profundamente reflexivas e críticas. Nesta, o narrador/personagem, um cabo de vassoura lúcido e sábio, conta sua trajetória desde que o arrancaram de uma árvore até sua trágica incursão no mundo dos homens. Com muita graça, esta narrativa irônica e dinâmica prende a atenção do leitor que, pela voz do protagonista, é levado a rever questões essenciais da natureza humana e a refletir sobre a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária. O homem é o maior amigo do cão... Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A coleira que o diga. Poucos animais têm como o homem, o instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser modificada: o homem é o maior do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros.Mais uma vez Orígenes Lessa surpreende o leitor por sua originalidade em criar histórias bem-humoradas e profundamente reflexivas e críticas. Nesta, o narrador-personagem, um cabo de vassoura lúcido e sábio, conta sua trajetória desde que o arrancaram de uma árvore até sua trágica incursão ao mundo dos homens. A narrativa, irônica, dinâmica e engraçada, prende a atenção do leitor que, pela voz do protagonista, não tem como não reavaliar questões essenciais da natureza humana e rever a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária. Eu já fui cabo de vassoura, confesso. Um cabo de vassoura como tantos outros. Seria longo contar tudo o que tenho passado nesta longa vida, desde que me arrancaram da árvore em que fui tronco e me levaram a uma oficina, onde fui cortado, torneado e mil coisas sofri, até conhecer a nova função que me reservava o destino.