Eu conheço Fernando Peixoto e acompanho seu trabalho já há uma dezena de anos. Ele não deixou de ter um papel de primeiro plano na atividade teatral brasileira. Foi um dos principais atores do Teatro Oficina de São Paulo e um dos mais próximos colaboradores de seu diretor e encenador, José Celso M. Corrêa. Lembremos que o Oficina, sem dúvidas, dominou a vida teatral do Brasil nestes últimos anos. Após a dissolução ou o "adormecer" do Oficina, Fernando Peixoto realizou vários espetáculos que foram muito bem acolhidos pela crítica. Eu pude ver em São Paulo o Frank V de Dürrenmatt que ele havia encenado: era, com efeito, de uma inteligência e de uma clareza pouco comuns. Fernando Peixoto também se preocupou sempre em montar jovens autores brasileiros (não cessou de fazer isso, apesar das dificuldades de todos os tipos) e de fazer um teatro engajado na realizade contemporânea.