Resultado de um seminário internacional promovido em 2011, esta coletânea gira em torno das proposições de Antonio Gramsci sobre periferia e subalternidade. Essas duas expressões são empregadas para descrever as relações de força existentes no capitalismo, nacional e internacionalmente, tanto entre classes sociais como entre Estados. A categoria gramsciana de "subalterno" foi reconhecida tardiamente, sendo desenvolvida pela chamada Escola de Estudos Subalternos (ou Subaltern Studies) com base, sobretudo, nos Cadernos do Cárcere, no 25 em particular. A noção de subalterno, distinguindo-se da noção de proletário conforme o locus da dominação (isto é, dentro ou fora do processo de produção), expande as possibilidades de análise e aplicação do materialismo histórico e dá visibilidade a demandas de novos sujeitos, outrora marginalizadas pelos próprios marxistas.