Um itinerário formativo absolutamente linear e fluido, isento de obstáculos, não só é impossível, mas, se por acaso existisse, deveria ser discutido. Há quem afirme que o verdadeiro problema da vida religiosa ou sacerdotal reside no fato de muitos consagrados viverem tranquilamente situações críticas, sem aparentar nenhum tipo de incômodo. Para o autor, "seria verdadeiramente coisa boa aceitar entrar em crise, pelo menos uma vez". Cencini nos explica justamente aquilo que torna a crise, como antecipa o subtítulo do livro, "uma hora de Deus". E o faz mediante um caminho amplo e penetrante, oferecendo análise aprofundada e articulada dos possíveis percalços que ainda estão para se revelar em nossa caminhada.