Temos aqui um livro que fala sobre os sentidos, um livro que poderia partir do cinema para questões que envolvem a subjetividade, do cinema à ética, do cinema à clínica, também, é um livro que lê a subjetividade como produção de sentidos, que lê a ética que perpassa os modos de vida. Leila Domingues nos presenteia com a sensibilidade de trazer a voz dos que lutam contra os controladores artificiais de sentidos, dos controladores morais de sentidos. É um livro que, como diz a autora, faz experimentar a leitura por todos os lados, então, Faça-o seu. Não é um alerta contra males vindo de poderosas indústrias de produção de sentidos e conceitos manufaturados para o mundo. É um livro que age no sentido contrário da letargia ou das euforias artificiais, que vai da leitura para a descoberta do texto. À Flor da Pele é um livro sem bula, sem receita, mas com a diversidade dos benefícios que a leitura traz na profundidade de temas tão importantes na atualidade. O leitor encontrará a abertura para outros sentidos, A linguagem contém as palavras, mas não os dizíveis, diz a autora. Leila Domingues é graduada em Psicologia (USU), mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ), doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP) e pós-doutora em Psicologia Social (UERJ). É professora do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional (UFES), coordenadora do LIS/CNPq Laboratório de Imagens da Subjetividade.