Que transformações têm havido nos modos de participação nas culturas do escrito entre o final do século XIX e o início do XXI? Como elas têm ocorrido? Quais são os sujeitos envolvidos? Como se relacionam as culturas do escrito e a oralidade? Que questões se colocam para o nosso tempo? Estes e outros temas são tratados neste livro, fruto de reflexão coletiva realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Cultura Escrita, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Os estudos orientam-se a partir da análise de instâncias (destacando-se a escola, a Igreja, a família e o teatro), de objetos (em especial os livros, as correspondências e os haiku), de sujeitos (mulheres e homens, escritores e leitores) e de meios de inscrição, produção e transmissão (abordando as interrelações entre o oral e o escrito, as imagens e o digital). Investigam-se tanto indivíduos e grupos com longa inserção nas culturas do escrito, assim como sujeitos analfabetos, semialfabetizados e “novos letrados”. Complexa e abrangente, esta obra terá lugar especial nas estantes de todos os que se interessam pelas culturas orais, culturas do escrito e suas intersecções.