Quiçá e Oxalá, de Tati Filinto e Flávia Bomfim. Quiçá é advérbio. Oxalá é interjeição, mas também pode ser um substantivo próprio. Se aparentam mirando o futuro, essas duas palavras. Com dúvida, mas nascidas de uma vontade, também com esperança e otimismo. Aquela que as fala, projeta um sonho, aquele que escuta, se acalenta, sonha junto, mesmo se equilibrando no fio do talvez. Na incerteza que é a vida. São palavras felizes, mas não ingênuas, porque consideram que o desejado pode não acontecer. Quiçá? Oxalá! Combinam com o ponto de interrogação e de exclamação. Abrem reticências... E o que são esses dois livros que nasceram juntinhos (mas que podem ser lidos separados)? Fica difícil definir. São provocadores, interpelam os leitores, são coisa que ninguém nunca viu. Deixam uma pulga atrás de cada orelha.