Entre a placa de estanho de Niépce e a criação do primeiro CCD nos Laboratórios Bell, a fotografia sempre foi um terreno fértil para mudanças. Hoje vivemos o tempo da fotografia sem química. O que era o negativo, agora é binário. O que era cópia, agora é impressão, perfeita a cada vez e, ainda assim e, apesar de todos os saltos tecnológicos dos últimos vinte anos, a fotografia ainda depende de um fotógrafo para acontecer. Ao longo dos primeiros 70 anos de sua história, processos foram criados, adaptados, alterados e, finalmente, abandonados por conta de algum outro mais eficiente e a química para criar a imagem foi testada com ferro, ouro, cromo, mas adotou a prata como sua predileta. Conhecer um processo centenário, qualquer um deles; percorrer de forma física todos os seus passos até a imagem final nos torna parte dessa história e de toda a longa linha de desconhecidos que um dia se atreveram a “escrever com a luz”.