Em O tubarão de 12 milhões de dólares, Don Thompson desvenda segredos do mercado de galerias, leilões e colecionadores. Em 2004, o americano Steve Cohen adquiriu, por 12 milhões de dólares, uma obra do famoso artista Damien Hirst: um tubarão de 5 metros de comprimento e 2 toneladas, mantido numa tina com formol - e que estava começando a se decompor. O que teria motivado o rico executivo a desembolsar esse exorbitante valor? A história é ponto de partida para que Don Thompson desvende o jogo financeiro e de marketing por trás do mercado de arte contemporânea. Em O tubarão de 12 milhões de dólares: a curiosa economia da arte contemporânea, publicado pela BE? Editora, o economista relata experiências que acumulou durante um ano investigando o universo de grandes galerias de arte; casas de leilão como a Christie's e a Sotheby's; marchands, artistas e colecionadores. Em apenas um ano, 131 artistas contemporâneos bateram recordes de preço em leilão, e num período de seis meses quatro pinturas foram vendidas por mais de 100 milhões de dólares cada uma. Intrigado com esses números, Thompson conseguiu produzir um retrato instigante do mundo da arte e dos negócios que o movem. Os perfis traçados pelo autor dão a conhecer os pensamentos e aquisições de colecionadores como Charles Saatchi, François Pinault e o próprio Steve Cohen; as estratégias de marchands como Larry Gagosian, Leo Castelli e Harry Blain; as carreiras de artistas como Hirst, Andy Warhol, Jeff Koons e Tracey Emin. Um dos poucos a examinar a economia e a psicologia por trás do mercado artístico, o livro analisa os processos e as motivações responsáveis por estabelecer o valor - às vezes muito acima do que pode parecer razoável - de determinadas obras, e revela por que o dinheiro, a vaidade e o enaltecimento pessoal pela posse se tornaram elementos tão importantes no mundo da arte contemporânea.