devaneando entre alucinações e poesias. o livro de jonas rogério sanches, poesias, devaneios e outras alucinações, reúne poemas com temas variados e prefaciá-lo foi um convite que muito me encantou. o estilo do autor é vibrante, forte, caracteriza por intertextualidade e metalinguagem. a todo o momento veem-se definições e mais definições de poesia, transportando-nos a uma outra existência, a um mundo além do eu. escrever tornou-se uma tarefa prazerosa para o autor que, faz versos a todo o momento. são poemas provocantes que incitam a curiosidade do leitor e o levam à descontração e ao deleite. navegando em mares revoltos, nas linhas da poesia do menino-verso, do poeta energético, o olhar se perde, a alma cria laços com o eterno. a alma ensolarada que nasceu com a madrugada, entre antíteses e paradoxos, apresenta-nos a dança da vida. ouve-se a música do cosmos, as pupilas dilatam-se, nas entranhas do amor que é via incerta. poemas gritam no papel-texto. ora, tais poemas fomentam constantes questionamentos, causam estranhamento como carícias insanas: delícias que brotam, sem malícias e o poeta busca o tempo em outro tempo. trata-se do eu para além de suas limitações. em busca de uma poesia pura e autêntica, a vida se entrelaça ao amor. poesia e alegria se enredam e como ondas ferem a praia num vai e vem frenético. o corpo – casa da alma – traz novas inspirações. o olhar esquálido jaz no negrume que restou. na imensidade das metáforas os poemas fluem e dão origem à poesia de um novo tempo. nos versos do poema “a só com a noite” expõe sua paixão: solitária e nostalgicamente à noite/ adentra meus poros e minhas aspirações/ deixando um vestígio vívido de um poema/ que escorrerá dos dedos pela folha do caderno. em “versos reversos de uma obra” homenageia narcisicamente o próprio trabalho com os versos: de mim, sinceros respeitos/ e meus versos em agradecimento/ pelo translúcido reconhecimento/ do trabalho ávido das minhas mãos. “às mães” dedicou