À primeira vista, a catalogação pode parecer tediosa, já que envolve processos de inventário, rotulagem e registro uniforme de inúmeros dados. Contudo, desde seu surgimento, o catálogo acompanha o desenvolvimento da escrita e serve a um elementar anseio humano: nomear, descrever e classificar o universo. Os catálogos possibilitaram, por exemplo, as taxonomias para inventariar a natureza, as nomenclaturas para designar estrelas e os dispositivos para promover o acesso a textos e produzir e comercializar livros. No momento em que os catálogos estão passando por um processo acelerado de desmaterialização, este livro aborda as questões, antigas e contemporâneas, de coleta, organização e sustentabilidade de dados por meio da história das formas e das materialidades dos catálogos.