Divididos em cinco partes, os 25 textos que compõem este primeiro livro em português de Miquel Bassols i Puig partem do real da psicanálise e a ele retornam de diferentes maneiras. Afeiçoados por uma prosa segura, serena e, quando preciso, irônica, e les buscam delimitar, entre os mundos simbólicos da ciência e da arte, a singularidade da descoberta do inconsciente por Sigmund Freud, à luz das ressonâncias causadas pelo ensino de Jacques Lacan. Como se aprende ao lê-los, a despeito das recorrente s e infrutíferas tentativas hoje empregadas no afã de localizar o Eu e a consciência em genes ou neurônios, sabe-se lá se no intuito de salvaguardá-los dos efeitos do inconsciente, o real da psicanálise surge quando se perturbam os campos da linguage m e da sexualidade. Com efeito, em vez de corresponder a uma forma de experimento científico ou mesmo a uma arte clínica insuflada pelas palavras, a psicanálise é, a um tempo, uma prática e um discurso que lidam com sujeitos em sua fala e no [...]