O presente trabalho enfrenta uma questão jurídica bastante controvertida: trata-se da responsabilidade do Estado diante de atos praticados por notários e registradores. Dentre os muitos serviços prestados pelo Estado, as atividades notariais e registrais ocupam posição singular. As particularidades de que se revestem a delegação e a execução de tais atividades irradiam efeitos no regime jurídico e, por via de conseqüência, na responsabilidade dos serventuários do foro extrajudicial. Por isso, a fim de estudar a responsabilidade civil do Estado em relação aos atos praticados por notários e registradores, a obra traça um panorama sobre o instituto da responsabilidade civil. Depois, examina a posição ocupada pelos serventuários no direito pátrio. A seguir, analisa o regime jurídico dos delegatários e as sucessivas transformações que se operaram, após o advento da Carta de 1988, no universo destes profissionais. A partir deste panorama, a autora faz uma reflexão acerca da incidência e dos efeitos da responsabilidade do Estado em relação aos atos praticados por notários e registradores.