Até ler este livro da Cris Guerra, eu achava que "mãe" era palavra sem sinônimo. Para mim, a experiência da maternidade era algo que não cabia no espaço apertado das frases: fazia parte do universo das coisas mágicas - imensuráveis e impossíveis de descrever. Mas Cris escreve com a alma. E foi de lá que trouxe cada sentimento e cada sílaba que aparecem aqui. Traduziu o intraduzível. E fica difícil a gente não se emocionar e pensar: como é que ela conseguiu dizer tanto em tão poucas linhas? Este é um livro para ler sem pressa, com tempo para sentir, e depois reler quantas vezes for preciso. Quem é mãe irá se identificar com cada palavra. E todo leitor ou leitora aprenderá a amar ainda mais estas criaturas especialistas em operar milagres, "fadas do beijo", como as chama Cris, capazes de transformar o cotidiano em poesia. Leila Ferreira - Jornalista e Escritora.