O ser humano excede a todos os seres vivos por sua inteligência reflexa. Isto é, ele pensa e sabe que está pensando, faz discernimento e julga o valor das coisas que o cercam. Dele se pode dizer que é verdadeiramente capaz de conquistar a liberdade. Justamente por isso, ele é a mais imprevisível de todas as criaturas. Pelo livre-arbítrio, sua vontade se comporta como árbitro ou juiz para as tomadas de decisão. É indeterminado não por estar perdido no vazio, mas porque está aberto a muitas possibilidades, aberto a si mesmo, ao mundo que o cerca e, principalmente, ao amor. Por mais que pareçamos livres, a liberdade interior é especialmente difícil. Esta é a intenção desta obra: facilitar a conquista dos níveis mais profundos da liberdade.