"[...] Por um lado, temos a violência explícita de ataques terroristas [...], com grande reverberação social e difu¬são midiática [...]. Por outro lado, todavia, temos tam¬bém o terrorismo subterrâneo, um ‘estado de terror’ que corresponde necessariamente à parte mais obscura do benjaminiano ‘estado de exceção’ em que vivemos. [...] O que se passa, porém, é que tal lógica de terror nem ao menos tem sido percebida na sua significação, quanto mais dissecada em seus constituintes reais. O que se pôde lá defender e se deve no presente espaço reafirmar e ressaltar é que esse trabalho interpretativo de extrema urgência necessita ser assumido com a má¬xima solidez em nosso ‘pacífico’ Brasil, pois se trata da possibilidade de alcançar os alicerces de muitos aconte¬cimentos de violência naturalizada que nos devastam e que vão de temas aplicados como a segurança pública a temáticas teóricas de fundo, como a concepção de sociedade que temos e que temos o direito de desejar e construir"