Capturar a trajetória de uma pequena comunidade de santo no Recife/Olinda em meio à história da cidade e parte dela, de baixo para cima, desde a periferia da cidade, mas também em disputa por reconhecimento por parte das forças hegemônicas no próprio candomblé da cidade, e perceber as intimações dessa experiência para nosso tempo é o que se encontrará neste trabalho. Aqui se exploram aspectos da confluência de três processos distintos e nem sempre harmônicos entre si que têm atingido em cheio a população afrodescendente no Brasil: a politização de sua identidade em termos de um movimento social organizado, o crescente mainstreaming das religiões afro-brasileiras e as lutas por igualdade de gênero envolvendo as mulheres negras.