Quatro mulheres ante uma mesa de chá. E uma obsessão de uma delas: o queijo. A busca pelo laticínio dá, ao texto, quase um caráter policial: que segredos elas esconderiam e até que ponto sustentá-los? Aquilo ali é o retrato de suas vidas ou também é teatro? Mas o que estas mulheres representam? A falência do casamento como instituição? O acondicionamento da mulher a um mundo paternalista e machista? A percepção que a liberdade só é possível na intimidade? Sem o mínimo pudor aparente, Julliano Mendes transforma um simples chá semanal numa ação poética do mais doce apodrecimento humano.