É um facto indesmentível. Na consulta médica, todos os dias, recebemos pessoas que têm uma família, ou que, vivendo sós, tiveram uma família da qual guardam o apelido e memórias. O médico, a enfermeira ou o psicólogo, quer trabalhem num hospital, centro de saúde ou clínica privada, confrontam-se com a necessidade de atender e dar resposta a pedidos expressos veiculados, quer por indivíduos, casais jovens ou idosos, mães/pais com filhos menores, mães/pais idosos com filho/filha maior ou por famílias organizadas de modo diferente. Embora na maioria das vezes, no consultório, tenhamos uma só pessoa, todos os dias temos consultas com duas ou mais pessoas, ou ainda algumas em que uma pessoa faz um contacto indirecto a propósito do marido, filho ou da mãe idosa que já não se pode deslocar ao centro de saúde ou à consulta no hospital.