Quase sempre a melancolia, a angústia, o mau humor, e até a depressão exprimem a não-aceitação das marcas e cicatrizes que denunciam e desvelam o envelhecimento do corpo e sinalizam a finitude, realidade comum a todos.  Compreender nossa trajetória existencial significa admitir que o nosso existir é permeado pelo fluir constante do presente que se constitui do que foi vivido, vale dizer, do passado, que já foi presente e já foi possibilidade de vir a ser o futuro, configurando, o sentido e o significado que se atribui ao projeto de vida, mantido em constante renovação. A postura da renovação associada à capacidade de idealizar, projetar e acreditar no futuro, não envelhece, e pode ser considerada o grande tesouro da existência.