Antes, desde sempre, eram os índios. Viviam felizes, livres e despreocupados em suas ocas, seus rios piscosos e suas matas com caça em abundância. A vida familiar era compartilhada com todos harmonicamente e respeitavam-se as leis próprias, emanadas pelo Conselho dos Velhos, que nomeava o cacique, e todos obedeciam. Não conheciam doenças, mas com a chegada de seringalistas, exploradores de jazidas e caçadores foram contaminados e como não tinham em seus organismos as defesas imunológicas, foram aos poucos sendo dizimados. Reagiram e aí começaram os conflitos. Os invasores, subindo pelos rios Juruena e Aripuanã a serviço de grandes empresas, de políticos e de exploradores de ouro e diamante conseguiram exterminar, até os anos 50, todas as tribos indígenas da margem esquerda do Juruena e margem direita do alto rio Aripuanã. [...]