Nesta obra importante para a compreensão dos antecedentes da antroposofia, Rudolf Steiner examina a transformação da memória da humanidade, detendo-se especialmente nas formas de consciência e impulsos de desenvolvimento dos povos da antiga Ásia. A partir de suas caracterizações plenas de vivacidade, somos transportados a episódios decisivos da época egiptocaldaica, abrindo-nos o acesso ao desenvolvimento de Gilgamesh e Eabani e à sua relação com os centros de mistérios de Hibérnia e, num período posterior, com os centros de mistérios gregos, incluindo Éfeso. As imagens invocadas por Steiner criam um panorama único e penetrante, que aportarão importantes subsídios ao reconhecimento da perda progressiva do conhecimento sobre a conexão entre o ser humano e o universo. A obra termina por nos revelar uma provável relação entre o incêndio de Éfeso e o que consumiu o primeiro Goetheanum, avivando ao sentido de responsabilidade de proteger o conteúdo espiritual da antroposofia.