Os contos deste primeiro livro de Lourenço Dutra, como ostenta o próprio subtítulo: Contos brasilienses, são ambientados na capital da República e revelam o comportamento urbano já um tanto característico da vida candanga dos personagens. O espaço físico real, identificável, que serve de cenário para os fatos narrados, tem diversas referências explícitas, como no segundo conto, Ficar por ficar, que apresenta um diário que se inicia com local e data: Brasília, 12 de fevereiro de 2006. Há outras inserções que atestam o vínculo com a cidade: "Vim para cá, Brasília, pequeno." (O olhar dos outros); "O nome oficial desta era J.K., em homenagem ao presidente..." (Ponte dos remédios); "Eu fazia a sexta série, na Escola Classe 102, Norte." (Diário de um roqueiro saudosista); "A Esplanada dos Ministérios e seus prédios em forma de dominós gigantes se aproximavam." (Balada para Roger Waters). Essa ambiência aliada a cenas comuns do cotidiano, a menção a nomes e fatos da política local e nacional, a citação de apresentador de programa de televisão, de músicos, entre outros elementos, emprestam às narrativas um caráter realista, à maneira de crônicas jornalísticas. Há nessas narrativas situações comuns, como o encontro entre namorados numa mesa de bar, como há outras de fundo dramático mais evidente, como no conto Lavação de roupa suja eletrônica. Mas o autor consegue injetar nesses relatos, aparentemente extraídos da realidade imediata, uma boa dose de dramaticidade, acrescida, às vezes de ironia, às vezes de crítica social e política. Violência, sexo, Rock and Roll, vestibular, política, relacionamentos amorosos, separação, traição, são alguns temas percorridos pelo autor. Os contos de Lourenço têm, pois, um apelo humano e social com raízes na realidade atual de Brasília e, por extensão, de outras metrópoles brasileiras onde os problemas são geralmente os mesmos, com maior ou menor intensidade. Tudo isso faz com que este livro tenha uma boa acolhida pelo público leitor, especialmente pelos jovens que aí encontrarão situações e assuntos com os quais podem se identificar, o que vem contribuir para a formação e disseminação do hábito da leitura.Os contos apresentados por Lourenço Dutra neste livro, como ostenta o próprio subtítulo: Contos Brasilienses, são ambientados na capital da República e revelam o comportamento urbano já um tanto característico da vida candanga dos personagens. O autor consegue injetar nesses relatos, aparentemente extraídos da realidade imediata, uma boa dose de dramaticidade, acrescida, às vezes de ironia, às vezes de crítica social e política. Violência, sexo, Rock and Roll, vestibular, política, relacionamentos amorosos, separação, traição, são alguns temas percorridos pelo autor. Os contos de Lourenço têm, pois, um apelo humano e social com raízes na realidade atual de Brasília e, por extensão, de outras metrópoles brasileiras onde os problemas são geralmente os mesmos, com maior ou menor intensidade.Os contos apresentados por Lourenço Dutra neste livro, como ostenta o próprio subtítulo: Contos Brasilienses, são ambientados na capital da República e revelam o comportamento urbano já um tanto característico da vida candanga dos personagens. O autor consegue injetar nesses relatos, aparentemente extraídos da realidade imediata, uma boa dose de dramaticidade, acrescida, às vezes de ironia, às vezes de crítica social e política. Violência, sexo, Rock and Roll, vestibular, política, relacionamentos amorosos, separação, traição, são alguns temas percorridos pelo autor. Os contos de Lourenço têm, pois, um apelo humano e social com raízes na realidade atual de Brasília e, por extensão, de outras metrópoles brasileiras onde os problemas são geralmente os mesmos, com maior ou menor intensidade.