Daniel Wildenstein quebra o silêncio de quase 50 anos em 'Mercadores de Arte'. Durante esse longo período, ele se limitou a falar de seus cavalos e nada mais. Não respondeu a nenhuma pergunta, a nenhum ataque, a nenhuma polêmica sobre si mesmo ou sobre a sua família, sobre os gloriosos marchands, sobre a Guerra e o pós-guerra, sobre a filosofia, a prática e a evolução da sua profissão. Na mansão da família, na rua La Boétie, em Paris, ele concedeu uma série de entrevistas para o L'Express sobre o clã e sobre o fabuloso território das artes. Os depoimentos, sem as perguntas e outros excessos, estão todos reproduzidos neste livro, publicado na França um ano antes da morte de Daniel Wildenstein. Não é uma história linear nem exaustiva, como observa seu entrevistador e organizador do livro, Yves Stavridès, no prefácio do livro. É apenas um homem contando 'algumas coisinhas que viu, ouviu e viveu'. Dentro desse panorama, surgem personalidades como Clemenceau, Picasso, Maurice de Rothscild, Randolph Hearst, Bonnard, Malraux, o papa Paulo VI, entre outros.