Um convite ao leitor/espectador para compartilhar, como numa sessão de cinema, momentos de grande intensidade poética. Nesta Cinemateca, a vivência da poesia não oferece grandiloqüência ou monumentalidade, mas coloquialidade e franqueza de e"Cinemateca" é o quinto livro de Eucanaã Ferraz. Luz e amplitude dão corpo aos poemas de Eucanaã Ferraz, composições atravessadas por uma incidência de claridade que ilumina a arquitetura do mundo e define os contornos da realidade. Uma rua, um prédio, o céu azul, a leveza de uma valsa ou fotogramas de memória se organizam em torno de certo ritmo poético característico do autor, a um só tempo prosaico e musical. O poeta direciona sua escrita pictórica, para aquilo que lhe interessa compartilhar. O trabalho, as cidades, as recordações de infância, a arte, o sonho, o amor e suas instabilidades concorrem para compor imagens inesperadas. O humor sutil sobressai em composições talhadas pela descrição apurada e por um sentimento de passagem do tempo que confere densidade ao agora.