Nesta obra o leitor é convidado a vislumbrar a imputação subjetiva como nunca vista, e a conhecer novos postulados das ciências penais, como o que defende a inexistência do dolo eventual, e que prega que o dolo não é só vontade e não é só conhecimento (representação) e também não é só vontade e conhecimento. Por sua vez, a imprudência consciente não é somente espécie, mas gênero composto por três subespécies significativas. O leitor entenderá que o dolo, como vontade maléfica à norma e à sociedade, e, ao contrário da imprudência, não é passível de nenhuma classificação reducionista, pois a vontade, sendo boa ou ruim, também não é passível de mitigação. As classes que porventura lhe atribuem não lhes pertencem, senão aos seus próprios criadores. Igual à fome e à sede, o dolo, tem-se ou não. Não há meio termo. A essas concepções filia-se o autor neste ensaio de sua tese doutoral sobre o dolo e a imprudência, por acreditar que são mais que tradicionais postulados, são axiomas significativos que devem nortear a imputação subjetiva.