Como dar passagem ao vivo da vida? Como criar saídas para além dos arquivos onde as vidas foram catalogadas? Como construir línguas para habitantes do silêncio? Como após longos anos de exílio nos hospícios - um exílio forçado, imposto, impedido de expressões - ganhar línguas? O que pode uma língua? Como habitar n(o) estrangeiro ou, melhor, como estrangeirar na língua? Nessa obra os autores querem a língua do Fora, a que escapa ao senso comum e ao bom senso. Não apenas mais um livro sobre os loucos encarcerados num manicômio, mas um livro que se pôs a disposição da(s) expressão(ões) destas vidas. Cada uma delas, uma vida.