Este trabalho procura dar uma contribuição original ao campo de estudos sobre regimes internacionais. Analisando um conjunto de regimes internacionais de segurança, o objetivo é compreender o papel dos regimes políticos domésticos na propensão dos países a aderir aos tratados de não proliferação. Adicionalmente o trabalho procura saber se existem diferenças com relação ao ritmo de adesão aos tratados determinados pelo regime político nacional. Com base na literatura de teorias dos regimes internacionais e da Democratic Peace (DP) que toma predominantemente o tema dos conflitos na sua análise, os resultados desta pesquisa confirmam a hipótese de que os países democráticos têm propensão significativamente superior a aderir aos regimes internacionais de segurança comparativamente com as autocracias. O que este trabalho pretende incentivar é a constituição de uma agenda de pesquisa que pode se ampliar para outras direções, tanto do ponto de vista metodológico, quanto substantivo, promovendo estudos multivariados, que levem em conta não apenas o fator regime internacional, mas também uma gama de outros fatores que possa atuar como indutores ou condicionantes da adesão dos países aos regimes internacionais. Esta agenda faz parte das atividades do Programa Brasil-EU Caeni, do Centro de Estudos das Negociações Internacionais, núcleo de pesquisa filiado ao Instituto de Relações Internacionais da USP.