A consulente me explica que sente que perdeu o controle da sua vida. Diz que é como quando a gente toma um caldo no mar, uma onda gigante e veloz nos pega de jeito, arrasta-nos e não para mais, a gente sai escalavrada, arranhada, os cabelos enosados, vertendo água e sem ar. Ela diz que está no meio do caldo e que não consegue sair. Que a velocidade da água não a deixa vir para a superfície. A carta da Roda da Fortuna e do Carro sinalizam que o caldo continua. Ela ri, cansada, e diz: Também, que graça tem uma vida controlada, né? E mergulha no redemoinho outra vez.