Em Artes plásticas e trabalho livre, Sérgio Ferro - arquiteto, pintor e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1962-1971) e da École d'Architecture de Grenoble (1973-2003) - analisa a produção artística do Renascimento enquanto fruto da resistência à exploração do trabalho artesanal, a qual se intensifica no final da Idade Média quando os ateliês adotam progressivamente a mesma organização das manufaturas. Sob essa ótica - e considerando atentamente a materialidade do processo produtivo das obras de arte, visto também como modelo em escala da dinâmica social -, o autor não se deixa seduzir pela condição aurática dessas obras, e concentra seu exame nas operações materiais do fazer e nos procedimentos adotados pelos artistas para se diferenciarem dos artesãos: o virtuosismo, a denegação do fazer, a sprezzatura e o non finito. Combinando de forma ímpar conhecimento intelectual e práxis artística, Sérgio Ferro revê neste livro os procedimentos estéticos empregados por Dürer, Leonardo, Tintoretto, Ticiano, Michelangelo, Caravaggio, El Greco, Velázquez e Rembrandt para conquistar um novo lugar para as artes plásticas, com consequências que se desdobram até hoje.Sergio Ferro e um dos nomes mais importantes da arquitetura brasileira e foi professor de historia da arte na FAU-USP (1962-1971) e na Ecole d Architecture de Grenoble (1973-2003). Neste novo livro, que complementa seu Arquitetura e trabalho livre, o autor analisa as tecnicas e os procedimentos esteticos de Durer, Leonardo, Tintoretto, Ticiano, Michelangelo, Caravaggio, El Greco, Velazquez e Rembrandt enquanto fruto da resistencia a exploracao do trabalho artesanal - que se intensifica no Renascimento com a adocao pelos atelies do processo produtivo das manufaturas.