Com este livro, Cristina Freire contribui para desvendar o quanto da cidade está em nós e o quanto de nós perde-se na pátina que vai se depositando nas paredes dos prédios, na imperceptível maceração que os nossos passos impõem nas calçadas de pedras. Seu objeto de estudo é a análise de dois monumentos da cidade de São Paulo, o monumento a Ramos de Azevedo e o prédio do monumento MASP. Utilizando-os como exemplo, ela lança sobre esta malha geométrica e previsível do traçado urbano uma outra malha cujo desenho plasma-se em ruas, prédios e monumentos, que guardam dentro de si a lembrança de um tempo anterior e que são capazes de alimentar a memória da percepção.